domingo, 13 de maio de 2012

mundo


velho mais que a pedra
que um dia derreteu
e tornou-se montanha
terra sempre molhada
sons de ondas na beira
mar que acaricia o litoral
na parte que o sol seca

sábado, 5 de maio de 2012

mar de lua

a concentração
perguntar é buscar
o saber
vivência de aprendizados

sexta-feira, 4 de maio de 2012

olho as horas
pensando que poderia ser mais tarde,
mais chuvoso e frio.
 
poderia ser tão perigoso como vazio.
 
o que não é mais
é o tempo que resta
ao mesmo tempo.
 
é na curva das horas
quando o sol não vê nem buraco negro
que gira e some
 do jeito que lhe cabe
num ponto do universo.

na saída

poderia dizer que vivi
tão assim que nem vale à pena
é a mesma coisa e assim
economizo as letras
fica por isso mesmo
teria enviado palavras
mas elas desmoronaram antes
não sobrou nenhuma
para além de um incômodo
de interrupção
que me faz apenas
deixar de falar

ao menos um dia

dinossauros, sóis, buracos negros, recomeços, pavões, colibris, minerais, vegetais, sonhos e lendas

voo

seguindo em frente
buscando o destino
(ou o futuro nos persegue
e a saudade espreita)

correndo, correndo,

os olhos entre as mãos,
segurando a beira do muro
e mesmo assim quase visível