quinta-feira, 12 de junho de 2014

efêmera

a onda que toca a areia
de um mar tão eterno
ao sabor do vento
ritmo de universo

toco o tempo
e vou me dissolvendo nele

é a luz no pensamento
em vão nada no mundo é
pelos tantos que vieram
para se chegar ao que é

voa a folha
cai uma única e última vez

efêmera e eterna

domingo, 8 de junho de 2014

pachamama

entre tantos que vieram e já foram
estou solto em sua pele
alguns pensam que vivem em cidades
as folhas voam com o vento
e caem uma única e última vez

me apresentei à vida
também me despedindo
ou é somente
esse céu
de fim de tarde
no qual reencarno
inúmeras experiências
de muitos espaços
no decorrer desses
dias
no friso do vento que
ganha a janela
recomeçando afora e
secando as asas