segunda-feira, 12 de novembro de 2012

dizer como se pretende
que a realidade
dentro de um re corte
sangre
de acordo com o drink
e correndo na artéria

domingo, 11 de novembro de 2012

no momento em que todos os significados existem apenas no dicionário e vou buscando uma palavra perdida

em meio a letras estraviadas de respostas banguelas, frases esburacadas, paisagem sem discurso nem comentários, de pura existência, de vento nas folhas, de formigas voadoras e canto de pássaros no dialeto do Sol
a água nas nuvens
nos rios e mar
chovendo e nevando,
gelando e transportando
sucos, remédios, condimentos
mistérios

caminho dos peixes
uma poça d'água
refletindo o céu

martim afonso

uns conversam
muitos de cabeça baixa, cochilam
caça-palavras
proa e convés
crianças correm,
velhos e compras.
o distinto senhor
fuma um cigarro
como disfarce de seu peido
aparatos e tecnologias
comunicando e distraindo
o conhecimento
da paisagem existindo
na superfície do pensamento

vibrando em exterioridade
e interioridade assim
pegando sol

carros, barcos, aviões,
bondes, motos, ônibus, caminhões,
ambulâncias, viaturas, rabecões,
trens e bicicletas
sonoridade
de baque surdo
coração na noite
repinicando
o corpo inteiro
esse é o tempo
de aprender
refletir
sobretudo
cada coisa
acontecendo
a humanidade
na paisagem

pela música

que vim entender
a potência da vida
a existência de Deus
meu contato com o mundo
embaixo da ponte
a barca passa
com o sol
à minha direita,
mas todos nós,
girando no espaço
todos em seus lugar
(na transformação da matéria, nuvens)
não temer o que há de vir
o mistério de existir
ir
na voz da paciência
e no silêncio após partir
a dor que ensina
e o conhecimento
que mostra por onde
pode ser a trilha
e a narrativa
o caderno
onde imprimo
o que faço
e o que deixo de fazer
mas
sobre o qual
tenho o ensino de uma substância
na matéria que subjetivo

simplória

os dias de hoje
são para você
os dias de sempre

são para quando
você crescer
quando acontece o momento
a história nunca parece
quando é

tão simplória
como Deus quer