quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

quando a barca sai do porto
mergulha no abismo de
água
e quem não foi, não vai mais
até sua volta
ou outra barca
ela marca nas vidas
um ponto
a partir do qual não
há um retorno
uns correm
outros mantém o passo,
mas com a mente acelerada
nenhum de nós
daqui a 200 anos

*

estou sentado
olho o papel, olho a praça
caminho na grama
que cresce no pensamento
ali, lá, no presente e
no passado
que o futuro a Deus pertence
tanto tempo para
saber que



esqueci e lembrei
e tanto faz
a pessoa amontoa
lixo pra sair de casa
ir colocar o lixo
na lixeira
e ver tv
num fluxo
que não havia
palavra melhor...
bem, se um dia
se acreditar se
a noite escura
tão escura de
brumas de diamantes
embrutecidos e
lapidados por nuvens
que um instante
de arquitetura
é confundido
com mapa astral
as paisagens vistas
não escorrem na caligrafia,
mas nas ideias
pan percepto
níveis de organização
da matéria
e da emanação e
captação de eletricidade
escrever palavras
observando o céu
as estrelas, (sons
de bicicleta?)

ondas de
pensamentos
vão passando
vão passar
na luz e sombreados



cabo frio
03-02-2013
beira da praia
estrela do mar
rainha das águas


a tartaruga
que morre
comendo o
plástico

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

estou vivo. todos
nós temos um
tempo e os
sentidos
nascem e
adormecem
nas eras
o céu estrelado
uma a uma elas surgiram