sábado, 20 de abril de 2013

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sábado, 13 de abril de 2013

tava pensando que pode chegar um momento em que pra acompanhar "a máquina" seremos proibidos de dormir, para produzir mais. sonhar? só pagando!

como se a humanidade fosse um amontoado de viventes funcionando igual pilha, que será decartada quando acabar...

haicai daltônico

vou mantendo-me colorido
mesmo sem pigmentos
tendo o pensamento florido

nem falar muito
nem calar totalmente
mas harmonizar e agir corretamente

arrumar cada coisa em seu lugar
agir com amor, buscando a paz

rir e chorar, tudo tem um momento
que no instante seguinte não é mais o tempo
pois nele somos e deixamos de ser

por isso, perdoar
agir com amor, buscando a paz

terça-feira, 2 de abril de 2013

ensinando e
gentilmente protegendo
da ignorância
que às vezes explode eufórica
chamando para si a razão
a qual logo no instante seguinte demonstra não ter
sua humildade é como a água
paciente e equilibrada
torna nítido o horizonte
acalenta e alegra com o olhar
que antecede uma nova lição
uma após a outra
cada intervalo é um fôlego
do ser mortal
mergulhando na sabedoria da qual nunca se emerge igual
gotas d'água que caem da árvore
sobre o telhado
depois que a chuva passa
a imagem surge
lentamente e a
sala tem uma luz
suave. ao tentarmos
visualizar a cena
uma sensação de

whisky jameson

outono

fade in lento
4 imagens

4x4

baseado
no loop
do áudio

penumbraa
foco, concentração
e mudança
aqui são dias de
transição, o fim e o
início da colheita e
plantio. comer do
que se plantou e cuidar
do que germina.
tudo está como foi
como era antes
nós que diferimos
da realidade das coisas
quando me pego
pensando em
nada pensando
a paisagem
se desprendendo
da minha pele
mar e suor
escarpas de unhas
um fio vermelho

                da fita
de um fio branco
na barba
um passarinho amarelo
que procuro na árvore
e encontro no poste
olhos de noite,
sabedoria de estrelas
canta flor vento sol
estando no seu lugar

sem manuais

barcos, relógios, bombas
poesia, cadernos, tintas
adereços, rascunhos
bordados nas trilhas do mundo

e se entregar à meta
de se descobrir
realmente somos inúteis
a criação ultrapassa as qualidades,
pragmatismos e benesses da razão
é notório e após milênios de civilização
tudo tornou-se banal
uma pequena variação de espaço
nosso canto é esse
nossa plumagem é de poluição
e somos nosso próprio predador natural
em meio aos quais caminham santos
pessoas que afirmam o transcendente
que buscam experienciar em si
na oração que se torna ação
o verdadeiro amor,
a alegria, o entendimento
uma pequena escama do universo
minha mão é uma
nuvem de meus


                                pensamentos
ora leve, ora escura
às vezes se condensa


                                e cai num gesto
e às vezes relampeia
tudo que escrevo
flutua
numa página em branco
parado 10 min no centro
da cidade com pessoas
indo e vindo. olho a
banca de revista e
penso em ir lá ver algo.
depois, acho melhor
ir comprar um livro.
reflito mais um pouco
e sinto que essas
sensações alienam a
pessoa de si mesma,
como fumar um
cigarro pra passar o
tempo. quantos poemas
poderiam existir se
fossem escritos nessas
condições
ter atenção
e evitar se fixar
num ponto
focalizar
sem perder
a paisagem
equilibrar
cada passo
que reforça o caminho
e apaga-se
um após outro
cinco para as quatro
quinze e cinquenta e cinco
quase fim de tarde
aparece amiúde
nos relógios,

                seus ponteiros

                seus números
quando vejo
me pergunto o motivo
que não saberei