segunda-feira, 29 de julho de 2013

não faço dança da chuva,
mas a dança da tempestade solar

alguns dizem que Deus morreu
para esses o inimaginável
é o dia em que a tecnologia irá morrer
e não está tão distante
se pensarmos o tempo
do mundo
para a humanidade só um milagre
às vezes fico em dúvida
se escrevo pensamentos e versos
ou somente palavras desalmadas
que são traduções do vazio.
às vezes fico triste,
com o coração apertado,
mas isso passa
e sigo confiando.
faço sons quando tudo o mais tá difícil
ouso chamar de música
mas acho que o que faço
fica mais bonito sem nome

domingo, 7 de julho de 2013

ancestral



desapego,
quarto vazio,
sala sem móveis
casa sem paredes
telhado de nuvens, de estrelas

que desaparecem
por todo o dia.

vivemos todos aqui
sina e destino cada um faz.
morremos todos por fim,
cada um assim se vai

o esquecimento é um ancestral
que nos recebe com alegria

quarta-feira, 3 de julho de 2013

19-06

dias loucos e estranhos. ruas vivas e pessoas atravessando-as a nado. dias de pensamentos em metamorfoses, de alvoradas. vou sem pisar na linha e sem seguir a manada, mesmo sabendo que o rastreamento se torna cada dia mais eficaz. dias de glórias, dias de pequenas infâmias solitárias, daquelas que pouco se registram. não sigo mais o mestre, mas ele vem comigo em minhas ações, visando louvar os conhecimentos e ensinos superiores, os quais seguimos juntos buscando.