sábado, 25 de outubro de 2025






Olho ao redor
As pessoas estão cabisbaixas
Em seus mundinhos
Universos artificiais em que vivem
Insisto em olhar pro céu 
Não me abato, não me rendo 
Reflexos de outros tempos
Que já passei por aqui
Na mudança das fases da lua
Na virada da maré 
Após um período de calmaria
Vou escapando a cada dia
Desviando das capturas
Do meu tempo, da minha atenção 
O que faço é gasto em imaginação
Então me atenho ao universo 
E outras dimensões 
Nas quais consigo acessar
Desde sempre
Não me pergunte como
Sempre experienciei assim
Simplesmente as coisas acontecem 
Concatenadas, sincronizadas
Mesmo quando fora da percepção
Minha explicação é o desenho na pele da onça 
É o vento e as folhas voando
Quando passo no caminho





sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Vejo o universo inteiro em movimento 

E isso chega a ser uma coisa

quase imutável

sábado, 2 de agosto de 2025




lembro o que posso lembrar

o restante

é imaginar









a música caótica
aleatória
improvisada sem
pretensão
o canto coral
uníssono
com palavras em expansão
o barulho cíclico
às vésperas
da concatenação
lógica
onde mora a
compreensão








para além dos devaneios

ver o horizonte


imaginar tempos melhores

a viagem é grande


para além da matéria

não se prenda ao humano


entre tantas decisões

inúmeras possibilidades