terça-feira, 22 de janeiro de 2008

22.01.2008

com chuva e sem cachaça de canela

sempre que chove
eu sei
que naquela rua
me perdi
e hoje não me acho
mesmo sabendo onde estou
e crendo na ideia de um caminho

isso quando o devaneio
apontava a direção
hoje os rastros de meus passos
já não ficam pelo chão
e as palavras que escrevo
ou canto ao violão
não se perdem na sua percepção

como posso daqui
dizer o sabor da paisagem
que nunca mais saberei
se realmente vi?

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