sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

chuva na janela

depois da tempestade
secarei todos grãos da tarde
num olhar de menina
que ri de si mesma
e tem um mistério a partir da sua verdade
que por ser desvelada é oculta
e no sorriso demonstra um caminho
que é longo e sereno
de lábios de carne e som
pergunto onde estão minhas sandálias
e ela está com a certeza
de toda improbabilidade
basta apenas esperar a volta
e o momento de olhar onde estávamos ficando mais longe
a caravana foi bela e somos remadores
mais do que se pensa

Nenhum comentário: