terça-feira, 30 de junho de 2009

eu no quintal

as mesmas árvores
a cada estação
conversas que passam
como o vento, no vento
no silêncio de estar junto
na volta, me atenho ao caminho
enquanto suas vozes vão ficando distantes
igual a tudo sobre nossas palavras
o balanço dos galhos
melhor não esperar
as folhas caírem
e o que está a melhorar nos sentidos todos
sei que há um momento já plantado, a chegar
escuto o marulhar, sinto a pressão no ar
como numa fotografia antiga
meus passos perdem as cores
na mesma passada se fui pra bem longe
agora desse horizonte calmo, desse canto claro
as sobras de sombras que a luz dissipou
tanto faz

Um comentário:

Alexandra disse...

sinto que tá perto. dizem que o tempo é cíclico. até inventaram uma soma pra isso. de vinte em vinte anos. o tempo para assimilar as mudanças. eu nem sei. pode ser só mais uma conta. eu e patrick começamos a pensar em parar de assistir esse programas sobre o final dos tempos. nostradamus e os maias concordam quanto a data: 2012. e o calendário maia é mesmo de uma precisão. não sei, mas eu tô convencida de que chega mesmo uma hora que é boa.