quarta-feira, 12 de agosto de 2009

um pedaço de pau parecido com um cachorro

lembro de uma velha história
sobre portas e janelas
que leva a todo um caminho
o qual nunca é em vão

o banco em frente a casa
fotografado por uma árvore
as mãos, grandes ou pequenas
em um elo muito maior

toda noite deito e penso
olho pro céu, dou todo meu olhar
tranquilo ao lado da mata
vou conhecendo sinto a força passar

e no mais, sei que meus passos
ficam na areia

é muito intenso, quase não consigo
que minha alma se sustente neste corpo
mesmo assim vou seguindo
a paisagem é infinita

penso como pode, como tudo é tão rápido
estar num fio de energia
rodando pelo universo
do qual, às vezes, ainda se escapa

2 comentários:

cgliberio disse...

psicodelic.

fiquei imaginando troncos de árvores movendo-se no silêncio da noite
compondo formas sinfo-mnemônicas

Jane Maciel disse...

muito bom é crescer junto!