terça-feira, 3 de novembro de 2009

*

no silêncio de palavras estrangeiras
seu sorriso e um suco de limão
interagem com minha solidão errática
minha sonoridade de vazio ecoa
num quarto
entre o mofo & roupas
tudo aquilo que sou
quem fui e quem deixei
sendo


fico aqui no meio das palavras não ditas
escritas em pensamentos que nunca chegam

ao menos
sei de pequenos truques
aprendidos nas trilhas que caminhei por aí
nos dias de cicatrização na praia
entre carrapatos e maruins
jogados no mar num desses passeios de barco

tenho fé
e sei esperar o que há de vir
receber o que merecer
assim como ser o vetor de transformações
começando por mim mesmo
e se estendendo ao mundo
como um todo
o todo celestial

um bem maior que o das partes

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