quarta-feira, 18 de abril de 2018

palavras bonitas e vazias
se despedaçam
me arranham os braços
furam minha pele
e poluem o chão
olho um inseto
registro um instante
engulo um choro
injustiça e guerra
motor da humanidade
que já deu o que tinha que dar
grandes mestres, grandes avatares
tentaram mudar a alma das pessoas
foram mortos, perseguidos, silenciados
o lixo jogado no chão
tecnologia pra produzir morte
desigualdade e ganância
nesse mundo que passa
minha sorte ou azar:
ver as intenções escorrendo dos olhos das pessoas
e então olho pra baixo, olho pra dentro
pro futuro descrito há tempos
toco violão calado
tudo passando em pensamento
cada um dá o que tem na alma

Um comentário:

Joiza disse...

Massa, intenções correndo dos olhos...
Ando pensando se faz sentido esse negócio de seguir mestres...